Sinto um amor...Que relega o futil e eleva o relevante. Um amor insano, em mente sana! Um desalento alentado pela esperança... Um eterno crer, em um eterno mentir ... Uma eterna devoção a uma eterna dispersão Um eterno justificar a um eterno errar Um eterna servidão ao que escraviza A eterna indulgência ao que não busca perdão... É cerrar os olhos para não enxergar... É um deslizar languido, sobre a lama espalhada É um sorver de palavras (enganosamente planejadas) É se jogar do penhasco, ciente da boca que espera Não com um sorriso amável, mas de presas escancaradas; Prontas para sorver a sanidade e a vida!
Numa noite chuvosa, me dirigi até você convicto que te encontraria de braços abertos a me esperar. Me preparei ansioso para te entregar presentes, cuidadosamente escolhidos para te agradar.
Usei o perfume com o qual te presenteara no passado, o qual não levastes para casa, por questões pessoais.. Entendi teus impedimentos e aceitei complacente, cada um deles!
É duro constatar que Renato Russo estava coberto de razão quando disse: "MUDARAM AS ESTAÇÕES, NADA MUDOU...":eu sempre entenderei "tudo errado" e jamais estarei em primeiro lugar em tuas prioridades...
Como esperar dias gelados em verão causticante? Seria possível um calor escaldante em inverno rigoroso? Ou o florescer de lindas rosas, em outonos repletos folhas secas e amareladas, caídas ao chão?
Cansei
de silenciar (ponderadamente) e ser entendido como carente de inteligência ou portador de um torpor
incorrigível.. Cansei do tilintar de avisos loquazes e covardemente anônimos...
Cansei de ser tido como incapaz e idiota.
Cansei
dos “filósofos” piegas, os quais sequer sabem a diferença da conjunção adversativa
“MAS” para o advérbio “MAIS” ...
Estou
cansado de pessoas que, insatisfeitas com a própria carência de atributos físicos, ainda insistem em
ostentar sua feiura moral: incomodando, plagiando, criando situações
insustentáveis...
Cansei
dos eternos perdedores, que jamais se conformarão com o fato de que “a derrota
sempre será sua companheira” por não possuírem os atributos necessários para
ganhar qualquer coisa (nem sequer um “jogo da velha”); a única coisa que ganharão
são experiências frustrantes.
Ainda assim, em sua total carência de requesitos
básicos (tais como inteligência e maturidade), sempre se deterão no rancor e no
desejo de vingança; agindo como vampiros de almas que (estando mortos)
deleitam-se em sugar o néctar da alegria e do brilho alheios (ávidos pelo que nunca
conseguirão: “voltar à vida”)...
Cansei
dos joguinhos de “gato e rato”, onde as ratazanas em questão são feias, obesas
e velhas, com a tez tão enrugada que um “maracujá engavetado e mofado”
pareceria mais tenro ...
Cansei
da ostentação de insanidade, desocupação e carência afetiva que motivam pessoas
a viverem à sombra de uma “lembrança”, que sendo apenas delas, jamais poderá
ser compartilhada, visto que o “compartilhar” exige “ter o que doar para receber em troca” - (ausente o quesito) não
haverá simbiose e sim parasitismo...
E,
vamos combinar? Quero que saibam que: para parasitas, apenas vermífugos!
Fustigada
foi a embarcação. Assolada por muito tempo pela insanidade e maldade
alheias...
Mas
encontrava bom porto, nos braços do seu amado, crendo e aceitando cada palavra proferida
...
Apesar
de combalida e frágil, a embarcação seguia firme, rumo ao porto almejado, pois
sentia e ouvia que “tudo seria bom do outro lado” da baía...
Chuvas
caíram, promessas foram feitas e o sol quase passava despercebido diante do
cinza daquele horizonte de nuvens carregadas...
O capitão
permanecia alerta, mas confuso, diante de tantos ataques eólicos. O barquinho
seguia obediente, sob a “batuta” de seu querido mestre...
No entanto, algo saiu errado: as doces
palavras tornaram-se estéreis.
As promessas de bom porto, perderam-se sob os nomes femininos dos “furacões” que
assolavam e reviravam o mar...
E
o barquinho? Coitado! Teve até seu nome olvidado; o torvelinho que cercava
tudo, fez o barco colidir no iceberg do “eu vou dar um tempo com tudo”...
O
som metálico de uma conversa interrompida e o silêncio sepulcral que se seguiu
levaram o pobre barquinho a pique, sem direito a choro ou argumento: apenas
nuvens negras se espessando sobre ele; e o sol sendo eclipsado para o frio e o esquecimento,
eternos.