domingo, 26 de maio de 2013

ETERNAMENTE, RECOMEÇAR




Sinto um amor...Que relega o futil e eleva o relevante.
Um amor insano, em mente sana!
Um desalento alentado pela esperança...
Um eterno crer, em um eterno mentir ...

Uma eterna devoção a uma eterna dispersão
Um eterno justificar a um eterno errar
Um eterna servidão ao que escraviza
A eterna indulgência ao que não busca perdão...

É cerrar os olhos para não enxergar...
É um deslizar languido, sobre a lama espalhada
É um sorver de palavras (enganosamente planejadas)
É se jogar do penhasco, ciente da boca que espera
Não com um sorriso amável, mas de presas escancaradas;
Prontas para sorver a sanidade e a vida!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

MUDARAM AS ESTAÇOES, NADA MUDOU



Numa noite chuvosa, me dirigi até você convicto que te encontraria de braços abertos a me esperar. Me  preparei ansioso para te entregar presentes, cuidadosamente escolhidos para te agradar.

Usei o perfume com o qual te presenteara no passado, o qual não levastes para casa, por questões pessoais.. Entendi teus impedimentos e aceitei complacente, cada um deles!

É duro constatar que Renato Russo estava coberto de razão quando disse: "MUDARAM AS ESTAÇÕES, NADA MUDOU...":eu sempre entenderei "tudo errado" e jamais estarei em primeiro lugar em tuas prioridades...

Como esperar dias gelados em verão causticante? Seria possível um calor escaldante em inverno rigoroso?  Ou o  florescer de lindas rosas, em outonos repletos folhas secas e amareladas, caídas ao chão?


domingo, 12 de maio de 2013

PARASITAS







Cansei de silenciar (ponderadamente) e ser entendido como carente de  inteligência ou portador de um torpor incorrigível.. Cansei do tilintar de avisos loquazes e covardemente anônimos... Cansei de ser tido como incapaz e idiota.

Cansei dos “filósofos” piegas, os quais sequer sabem a diferença da conjunção adversativa “MAS” para o advérbio “MAIS” ...

Estou cansado de pessoas que, insatisfeitas com a própria carência  de atributos físicos, ainda insistem em ostentar sua feiura moral: incomodando, plagiando, criando situações insustentáveis...

Cansei dos eternos perdedores, que jamais se conformarão com o fato de que “a derrota sempre será sua companheira” por não possuírem os atributos necessários para ganhar qualquer coisa (nem sequer um “jogo da velha”); a única coisa que ganharão são experiências frustrantes.

Ainda assim, em sua total carência de requesitos básicos (tais como inteligência e maturidade), sempre se deterão no rancor e no desejo de vingança; agindo como vampiros de almas que (estando mortos) deleitam-se em sugar o néctar da alegria e do brilho alheios (ávidos pelo que nunca conseguirão: “voltar à vida”)...

Cansei dos joguinhos de “gato e rato”, onde as ratazanas em questão são feias, obesas e velhas, com a tez tão enrugada que um “maracujá engavetado e mofado” pareceria mais tenro ... 

Cansei da ostentação de insanidade, desocupação e carência afetiva que motivam pessoas a viverem à sombra de uma “lembrança”, que sendo apenas delas, jamais poderá ser compartilhada, visto que o “compartilhar” exige “ter o que doar para receber em troca” - (ausente o quesito) não haverá simbiose e sim parasitismo...

E, vamos combinar? Quero que saibam que: para parasitas, apenas vermífugos! 


(Mate-se! E farás um bem para a humanidade!)

FIM


A EMBARCAÇÃO






 
Fustigada foi a embarcação. Assolada por muito tempo pela insanidade e maldade alheias...
 
Mas encontrava bom porto, nos braços do seu amado, crendo e aceitando cada palavra proferida ...
 
Apesar de combalida e frágil, a embarcação seguia firme, rumo ao porto almejado, pois sentia e ouvia que “tudo seria bom do outro lado” da baía...
 
Chuvas caíram, promessas foram feitas e o sol quase passava despercebido diante do cinza daquele horizonte de nuvens carregadas...
 
O capitão permanecia alerta, mas confuso, diante de tantos ataques eólicos. O barquinho seguia obediente, sob a “batuta” de seu querido mestre...
 
No entanto, algo saiu errado: as doces palavras tornaram-se estéreis. 
 
As promessas de bom porto, perderam-se  sob os nomes femininos dos “furacões” que assolavam e reviravam o mar...
 
E o barquinho? Coitado! Teve até seu nome olvidado; o torvelinho que cercava tudo, fez o barco colidir no iceberg do “eu vou dar um tempo com tudo”... 
 
O som metálico de uma conversa interrompida e o silêncio sepulcral que se seguiu levaram o pobre barquinho a pique, sem direito a choro ou argumento: apenas nuvens negras se espessando sobre ele; e o sol sendo eclipsado para o frio e o esquecimento, eternos.