Fustigada
foi a embarcação. Assolada por muito tempo pela insanidade e maldade
alheias...
Mas
encontrava bom porto, nos braços do seu amado, crendo e aceitando cada palavra proferida
...
Apesar
de combalida e frágil, a embarcação seguia firme, rumo ao porto almejado, pois
sentia e ouvia que “tudo seria bom do outro lado” da baía...
Chuvas
caíram, promessas foram feitas e o sol quase passava despercebido diante do
cinza daquele horizonte de nuvens carregadas...
O capitão
permanecia alerta, mas confuso, diante de tantos ataques eólicos. O barquinho
seguia obediente, sob a “batuta” de seu querido mestre...
No entanto, algo saiu errado: as doces
palavras tornaram-se estéreis.
As promessas de bom porto, perderam-se sob os nomes femininos dos “furacões” que
assolavam e reviravam o mar...
E
o barquinho? Coitado! Teve até seu nome olvidado; o torvelinho que cercava
tudo, fez o barco colidir no iceberg do “eu vou dar um tempo com tudo”...
O
som metálico de uma conversa interrompida e o silêncio sepulcral que se seguiu
levaram o pobre barquinho a pique, sem direito a choro ou argumento: apenas
nuvens negras se espessando sobre ele; e o sol sendo eclipsado para o frio e o esquecimento,
eternos.
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